terça-feira, 19 de abril de 2016

Lágrimas de Pescador

Nas primeiras horas do dia, um pescador acorda com a alvorada já em seu rosto. Ele é um jovem senhor, não tão velho assim, que possui a vitalidade para o trabalho, mas já encontra algumas das dificuldades do senhorio. Sua coluna começa a dar sinais de dor e seu rosto já mostra as rugas que acumulou pelos anos de trabalho sob o Sol. Mesmo assim, diligentemente ele acorda, lava o rosto e segue sua imutável rotina: Ferve a água para um café com leite e açúcar, prepara um modesto pão com manteiga e senta-se à mesa sozinho. Sua humilde casa se parece mais a uma cabana, feita em parte de palha e erguida com troncos de árvore e pedaços de madeira. Enquanto mastiga o pão, ele ouve apenas o silêncio das ondas ao longe e o assobio do vento da manhã. Olha para frente sem foco algum, divagando em nada. Sua casa está vazia, quieta...